quarta-feira, 6 de agosto de 2008

Os Meus Medos - A história por trás da música

Aqueles que já escutaram "Os Meus Medos" acreditaram se tratar de uma canção de amor. É o que sempre me dizem. E há uma frase no verso que chamou a atenção deles, e talvez leve à essa conclusão: "E vocês faz/com que a paz/que me deixava tão calado se transforme num discurso de paixão".
Não é, contudo, uma canção de amor. Melhor, não trata apenas de amor.
Certa vez, li que a coragem é o atributo daqueles que têm medo. Isso rompeu um paradigma. Sempre associei os meus medos à falta de coragem. Percebi, então, que os medos que me incomodavam eram justamente aqueles que me impediam de fazer coisas que eu queria fazer.
Com esse sentimento "na ponta dos dedos" veio o refrão da música.
"Os meus medos são desejos
pensamentos tão banais
Eu sei, não foi apenas distração"
Os versos tentam expressar esse paradoxo. Medo e desejo. Segue a letra da música, verso 1, refrão 1, verso 2, refrão2:
"(Verso 1)
Na mesma hora em que eu fugia
eu queria te encontrar
No mesmo instante em que eu negava
eu procurava o teu olhar
Mas tanto faz
se o que me traz
não é a certeza de ficar ou te deixar
pois eu não vou viver em vão
Como quem vive um novo dia
só pra ter que se aceitar
Pra mim não dá mais

(Refrão 1)
Os meus medos são desejos
os pensamentos tão banais
Eu sei não foi apenas distração
(Verso 2)
Se eu estivesse condenado à nunca mais me perdoar
Por reviver tanta tolice, quanta dor no meu olhar
E você faz
com que a paz
que me deixava tão calado
se transforme num discurso de paixão
Eu já nem sei se sou eu mesmo
ou se tem outro em meu lugar
Pra mim não dá mais
(Refrão 2)
Os meus medos são desejos
os pensamentos tão banais
E eu sei, não foi apenas distração
Meu bem, não foi apenas distração."

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